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Enquanto empresas brasileiras sofrem, demitem e fecham as portas devido a altos tributos, chineses fazem a "festa" no Brasil

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Enquanto empresas brasileiras sofrem, demitem e fecham as portas devido a altos tributos, chineses fazem a
Imagem: Divulgação / Reprodução

 

O senador Izalci Lucas (PL-DF) criticou duramente a isenção de tributos para empresas chinesas que vendem produtos pela internet no Brasil. Em discurso, Izalci destacou que essas empresas faturaram R$ 35 bilhões em 2023 sem pagar qualquer tributo no país, enquanto as indústrias brasileiras enfrentam uma carga tributária que pode chegar a quase 100%.


Segundo o senador, essa disparidade está prejudicando gravemente a indústria nacional, particularmente os setores de calçados e vestuário, que estão demitindo funcionários e correndo o risco de fechar. "A taxação dos produtos feitos aqui no Brasil chega a quase 100%. Como é que você vai competir com a indústria chinesa, que tem denúncias, inclusive aqui, de mão de obra escrava, que não tem os mesmos encargos trabalhistas que nós temos? As nossas empresas pagam o maior tributo do mundo. A maior tributação é aqui", alertou.


Izalci explicou que a legislação atual, baseada em um decreto-lei de 1980, permite que o ministro da Fazenda estabeleça alíquotas de importação de até 400%, mas essa medida não tem sido aplicada adequadamente. A isenção para importações de até US$ 50, de acordo com o parlamentar, era destinada ao consumo pessoal e não ao comércio. Ele também afirmou que o PL 914/2024, que tramita em regime de urgência no Senado, propõe uma alíquota de 20% sobre essas importações. No entanto, Izalci informou que o relator do projeto, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), declarou que essa taxa deve ser retirada do texto do PL 914.


"Do jeito que está, vamos perder milhões, até de empregos porque, de fato, as pequenas empresas estão sendo muito afetadas com essa realidade. E o governo, covardemente, não assume a responsabilidade que ele tem. O governo é que tem que cuidar disso. Não precisava nem de projeto de lei, nem de lei para aprovar no Congresso, bastaria uma medida administrativa do Ministério da Fazenda", disse.


Além disso, Izalci criticou a prática de aprovar medidas provisórias em regime de urgência no Senado, sem tempo para discussão, o que, segundo ele, transforma a Casa revisora em um mero "cartório" de carimbos.


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