As forças de defesa aérea da Ucrânia interceptaram 52 dos 103 drones russos lançados durante a madrugada deste domingo (22), segundo informações divulgadas pelos militares ucranianos via Telegram. Do total de dispositivos, 44 perderam o rastreamento e um se deslocou para território bielorrusso.
O ataque russo causou danos a empresas privadas e prédios residenciais nas regiões de Kherson, Mykolaiv, Chernihiv, Sumy, Zhytomyr e Kiev. Na capital ucraniana, destroços de um drone abatido atingiram o telhado de um edifício de múltiplos andares, provocando um incêndio. As autoridades informaram que, preliminarmente, não houve vítimas.
Do outro lado do conflito, o Ministério da Defesa da Rússia relatou ter destruído 42 drones ucranianos em cinco regiões durante a noite. A região de Oryol foi a mais afetada, com 20 interceptações, seguida por Rostov e Bryansk com oito cada, Kursk com cinco e Krasnodar Krai com um. Em Oryol, um ataque provocou incêndio em uma instalação de combustível na vila de Stalnoi Kon, sendo este o segundo ataque consecutivo à infraestrutura de combustível da região em duas semanas.
O governador de Oryol, Andrei Klychkov, informou que o incêndio foi rapidamente controlado e extinto, sem causar vítimas ou danos significativos. As autoridades das regiões de Rostov e Bryansk também relataram ausência de vítimas ou danos após os ataques.
A guerra, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa à Ucrânia, atingiu um novo patamar de tensão em outubro de 2024, quando Putin ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário em solo ucraniano. A escalada ocorreu após a Ucrânia realizar uma ofensiva em território russo utilizando armamentos ocidentais.
Atualmente, Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, afirma que as forças russas estão avançando com maior efetividade. Por sua vez, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acredita que os principais objetivos russos são a ocupação total da região de Donbass e a expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk. Agências de inteligência ocidentais também apontam para o possível uso de tropas norte-coreanas pela Rússia no conflito, alegação que não foi confirmada nem negada por Moscou e Pyongyang.