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1º de Maio: da tragédia à luta por direitos no mundo do trabalho

Originalmente marcado por repressão e sacrifício, o Dia do Trabalhador resgata, até hoje, a urgência por melhores condições laborais e jornada digna

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1º de Maio: da tragédia à luta por direitos no mundo do trabalho
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mais do que um feriado no calendário, o 1º de Maio carrega o peso histórico de uma batalha por direitos. A origem da data remonta a 1886, em Chicago (EUA), quando milhares de operários foram às ruas exigir a redução das extensas jornadas diárias — que podiam chegar a 14 horas. A repressão foi violenta. O episódio, conhecido como a “tragédia de Haymarket”, resultou em prisões, mortes e execuções de líderes sindicais.

“O objetivo da greve era instituir uma jornada de 8 horas e denunciar as condições insalubres nas fábricas”, explica o historiador Samuel Fernando de Souza, professor da Escola Dieese de Ciências do Trabalho. Após os protestos, a repressão culminou na condenação à morte de vários ativistas, muitos deles sem provas diretas de envolvimento com os atos violentos.

Durante a Segunda Internacional Socialista, em 1889, o 1º de maio foi oficializado como um dia de luta da classe trabalhadora — em memória dos que tombaram em Chicago e como símbolo global de resistência e reivindicação.


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