Nesta sexta-feira (20), o conflito entre Israel e o grupo militante xiita Hezbollah intensificou-se após uma série de ataques que abalaram o Líbano e o norte de Israel. O Exército de Israel realizou um bombardeio pesado no subúrbio de Beirute, resultando na morte de 12 pessoas, entre elas crianças, e 59 feridos, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. Um dos mortos foi Ibrahim Aqil, comandante do Hezbollah e alvo prioritário de Israel, também procurado pelos Estados Unidos por seu envolvimento no atentado contra a Embaixada dos EUA em Beirute em 1983.
De acordo com o Exército de Israel, o ataque teria matado aproximadamente 10 comandantes do Hezbollah, tornando-se o maior ataque no Líbano desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em outubro do ano passado. Além das vítimas, diversos prédios e veículos foram danificados pelo bombardeio.
Ataques e Retaliações
Poucas horas após o ataque israelense, o Hezbollah retaliou, lançando mais de 150 foguetes contra o norte de Israel. Sirenes soaram nas áreas das Colinas de Golã, Safed e Alta Galileia, onde cerca de 120 projéteis foram identificados cruzando a fronteira do Líbano para o território israelense. As Forças de Defesa de Israel (Tzahal) interceptaram parte dos lançamentos, mas projéteis e estilhaços atingiram diversas áreas, causando incêndios, embora nenhuma morte tenha sido reportada.
Ação Militar e Tensão Crescente
O bombardeio israelense foi precedido por uma série de explosões envolvendo pagers e rádios walkie-talkies usados por membros do Hezbollah, que resultaram na morte de 37 pessoas e mais de 4 mil feridos no Líbano. Embora Israel não tenha assumido oficialmente a responsabilidade por essas explosões, elas aconteceram no contexto do acirramento do conflito que já dura quase um ano.
Ainda na sexta-feira, o Exército de Israel atingiu locais de infraestrutura do Hezbollah no sul do Líbano, em regiões como Aitaroun, Kfarkela, Meiss El Jabal, Tayibe, Odaisseh e Yaroun, após detectar movimentações de membros do grupo. A situação elevou as tensões na fronteira, aumentando os temores de uma escalada ainda maior no confronto.
Conflito em Curso
Desde outubro do ano passado, quando o Hamas atacou Israel, matando cerca de 1,2 mil pessoas e fazendo 250 reféns, a situação na região tem se mantido instável. O Hezbollah, aliado do Hamas, intensificou suas ações contra Israel, contribuindo para o aumento da violência na região.
A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos do conflito, que traz à tona temores de uma guerra de maiores proporções envolvendo o Hezbollah, Israel e outros atores no Oriente Médio.