O governo federal anunciou nesta segunda-feira (28) a 2ª edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que ofertará 3.352 vagas para 35 órgãos públicos. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou os detalhes em coletiva realizada em Brasília.
O edital e o início das inscrições estão previstos para julho de 2025, enquanto a aplicação das provas objetivas ocorrerá em 5 de outubro. A prova discursiva, direcionada apenas aos candidatos habilitados na primeira etapa, será aplicada em 7 de dezembro. O resultado final deverá ser divulgado em fevereiro de 2026.
Desta vez, o concurso prevê 2.180 vagas para preenchimento imediato — sendo 1.672 de nível superior e 508 de nível médio — e 1.172 vagas para provimento de curto prazo, após a homologação dos resultados. O CPNU 2 expande a abrangência do primeiro concurso, que contemplou 21 órgãos, para 35 instituições públicas.
Cronograma previsto:
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Publicação do edital e início das inscrições: Julho/2025
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Prova objetiva: 5/10/2025
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Prova discursiva: 7/12/2025
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Divulgação dos resultados: Fevereiro/2026
A seleção seguirá o modelo de convocação de até nove vezes o número de vagas para a segunda fase, respeitando tanto a ampla concorrência quanto as reservas de vagas para negros e pessoas com deficiência.
Segundo a ministra Esther Dweck, o novo concurso reflete o esforço do governo em modernizar o serviço público brasileiro, democratizando o acesso e apostando em um modelo inclusivo. “Queremos transformar essa política pública em algo permanente, que assegure um serviço público que represente a diversidade do Brasil”, declarou.
Principais oportunidades
Entre os principais cargos de nível superior estão as carreiras de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico e Analista Técnico de Justiça e Defesa, cada uma com 250 vagas. Há também vagas nos ministérios das Cidades, do Desenvolvimento Agrário, do Turismo, da Fazenda, da Integração e Desenvolvimento Regional, e da Pesca e Aquicultura.
Para quem possui ensino médio completo, as vagas abrangem diversas agências reguladoras como ANP, Anac, Anatel, ANM, ANS, Antaq, ANTT e Anvisa, somando centenas de oportunidades.
Como funcionará o CPNU 2?
As vagas serão organizadas em nove blocos temáticos, permitindo que candidatos se inscrevam para diferentes cargos dentro do mesmo bloco e definam uma lista de preferências. As provas serão aplicadas em cerca de 228 cidades de todo o país, reforçando o compromisso com a democratização do acesso.
Uma novidade desta edição é a separação dos dias de prova: o primeiro dia para provas objetivas (5 de outubro) e o segundo dia reservado para provas discursivas (7 de dezembro), apenas para os candidatos convocados após a primeira etapa.
Outra mudança significativa é a implementação de um código de barras individual em todas as páginas das provas, garantindo mais segurança e agilizando a correção dos exames.
Destaques do concurso
O CPNU 2 também marca a criação de duas novas carreiras transversais:
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Analista Técnico de Justiça e Defesa, para atuação em órgãos como Ministério da Justiça e Ministério da Defesa.
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Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico, focado em temas ligados ao desenvolvimento regional e econômico.
Além disso, haverá a abertura de 1.000 vagas para Analistas Técnicos Administrativos (ATA), distribuídos em diversos órgãos conforme o mapeamento do Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT).
As agências reguladoras também receberão reforço, com 400 vagas previstas — 60 de nível superior e 340 de nível médio — destinadas a órgãos como a Agência Nacional de Mineração (ANM).
Regionalmente, as vagas estarão concentradas em Brasília, mas também contemplam estados como Rio de Janeiro (315 vagas), São Paulo (65), Pará (66) e Pernambuco (20).
Lições da primeira edição
O primeiro CPNU, realizado em 2024, foi o maior concurso público do Brasil, reunindo mais de 2,11 milhões de inscritos e ofertando 6.640 vagas. Um dos grandes avanços foi a ampliação da diversidade entre os aprovados: 24,5% são pessoas negras, 2,3% indígenas e 6,8% pessoas com deficiência.
O novo CPNU busca aperfeiçoar ainda mais esse modelo, unificando o edital para os blocos temáticos e investindo em tecnologia para assegurar um processo mais ágil, transparente e justo.