Um estudo recente do Instituto Kinsey, nos Estados Unidos, revelou que 30% das mulheres entrevistadas acreditam que suas vidas sexuais melhoraram após a pandemia. No entanto, essa estatística também indica que 70% das mulheres ainda enfrentam dificuldades de satisfação sexual, um problema que pode impactar negativamente a autoestima e perpetuar um ciclo de frustração e insatisfação.
A ausência de orgasmos pode levar a um aumento dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, afetando a qualidade de vida e o humor. A frustração sexual, embora não seja uma doença, não tem um diagnóstico claro, complicando a identificação de suas causas e tratamentos.
Esse sentimento de frustração pode se espalhar por várias áreas da vida, não se limitando ao ato sexual. A insatisfação no sexo pode causar dores emocionais, autocrítica e mau humor, além de prejudicar a relação com o parceiro. A antecipação de encontros sexuais pode gerar tensão e ansiedade, impactando o bem-estar geral.
A relação das pessoas com o sexo é muitas vezes influenciada por experiências passadas e tabus culturais. A percepção do sexo como pecado e a falta de comunicação aberta sobre o assunto contribuem para as frustrações sexuais. Experiências negativas em relacionamentos anteriores podem criar medos e angústias que afetam o desempenho sexual.
Para melhorar a vida sexual, é essencial mudar atitudes, cultivar empatia e sensibilidade, e conhecer tanto o próprio corpo quanto o do parceiro. Diálogos abertos sobre sexualidade podem ajudar a construir uma relação saudável com o sexo e os desejos.
**Fontes:**
- Cilene Dantas, psicóloga especialista em terapia de casais.
- Viviana Tavares, psicóloga e especialista em psicologia sexual.
- Yuri Busin, psicólogo, mestre e doutor em neurociência do comportamento.