A campanha nacional de vacinação contra a influenza teve início nesta segunda-feira (7) em quase todo o Brasil. Com meta de imunizar 90% dos grupos prioritários, a iniciativa do Ministério da Saúde busca proteger principalmente crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes contra os riscos da doença.
Além desses grupos, a campanha abrange também trabalhadores da saúde, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, povos indígenas, pessoas em situação de rua e diversos profissionais como os das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas. Também estão incluídas pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, com deficiência permanente, caminhoneiros e trabalhadores do transporte rodoviário coletivo e portuário, além da população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, a vacina disponibilizada na rede pública este ano protege contra três tipos de vírus influenza: H1N1, H3N2 e B. O imunizante pode ser administrado simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, facilitando a cobertura vacinal da população.
Para atender à demanda nacional, foram adquiridas 73,6 milhões de doses da vacina. Deste total, 67,6 milhões serão distribuídas ainda no primeiro semestre para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. As 5,9 milhões de doses restantes serão enviadas para a região Norte no segundo semestre.
A estratégia de vacinação foi dividida em duas etapas considerando as particularidades climáticas do país. No primeiro semestre (março/abril), a campanha ocorre nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Já no segundo semestre (setembro), será a vez da Região Norte, alinhando-se ao período conhecido como "inverno amazônico", quando há maior circulação viral naquela área.
Segundo dados do ministério, a vacina contra a gripe possui eficácia entre 60% e 70% na prevenção de casos graves e óbitos relacionados à doença. O imunizante não é recomendado apenas para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de reação alérgica grave (anafilaxia) após doses anteriores.
O balanço da campanha anterior mostrou que em 2024 a cobertura vacinal entre os públicos prioritários ficou abaixo do esperado: 48,89% na Região Norte e 55,19% nas demais regiões, números distantes da meta de 90% estabelecida pelas autoridades de saúde.
O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é um ato de cuidado individual e coletivo, destacando que as vacinas são seguras, eficazes e disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).