O Ministério da Saúde brasileiro anunciou nesta terça-feira (7), que está monitorando atentamente o surto de metapneumovírus humano (HMPV) que vem sendo registrado na China nas últimas semanas. O vírus tem sido identificado como responsável por uma série de infecções respiratórias no país asiático, afetando principalmente a população infantil.
Segundo informações oficiais, embora a situação esteja sendo acompanhada de perto, ainda não há motivo para alerta internacional. A vigilância epidemiológica brasileira mantém comunicação constante com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades sanitárias de diversos países, incluindo a China, para monitoramento e intercâmbio de informações relevantes.
Dados recentes do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China indicam que, apesar do aumento nas infecções respiratórias agudas, especialmente nas províncias do norte do país, a magnitude e intensidade dos casos são menores em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entre os agentes causadores, além do HMPV, foram identificados casos de gripe sazonal, rinovírus e vírus sincicial respiratório (VSR).
Especialistas avaliam que o risco de uma pandemia é considerado baixo, mas o Ministério da Saúde enfatiza a importância de manter as medidas preventivas contra infecções respiratórias. A pasta reforça a recomendação da vacinação, principalmente contra covid-19 e influenza, destacando sua eficácia na prevenção de casos graves e redução de hospitalizações e óbitos.
Entre as medidas preventivas, o ministério também incentiva o uso de máscaras faciais por pessoas com sintomas gripais e resfriados, estratégia que contribui para reduzir a transmissão de todos os vírus respiratórios, incluindo o metapneumovírus. A recomendação é especialmente importante para grupos prioritários como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades.
Histórico do HMPV no Brasil
O metapneumovírus humano foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2004 e desde então integra o monitoramento regular da vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde. Conhecido globalmente, o vírus tipicamente causa casos de síndrome gripal de manifestação leve, embora possa evoluir para quadros mais graves que necessitem de hospitalização.
O monitoramento do HMPV é realizado através do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), com casos sendo identificados pelos núcleos hospitalares de epidemiologia em diversos serviços de saúde do país. Este sistema permite acompanhar a circulação não apenas do metapneumovírus, mas também de outros patógenos respiratórios em território nacional.