Após a reintrodução do vírus do sarampo no Brasil, a Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, aderiu à campanha “Dose Zero” lançada pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT). A ação tem como objetivo imunizar crianças de 6 a 11 meses e 29 dias como forma de proteção antecipada diante do risco de circulação da doença no país.
O sarampo havia sido considerado erradicado no Brasil em 2016, mas voltou a representar ameaça devido à circulação do vírus em países vizinhos e à entrada no território nacional. Atualmente, o estado do Tocantins já registrou casos confirmados, o que reforça a necessidade de prevenção.
De acordo com a Secretaria de Saúde, crianças de 6 a 8 meses e 29 dias recebem a vacina dupla viral, que protege contra sarampo e rubéola. Já a partir dos 9 meses, a aplicação é feita com a tríplice viral, que previne sarampo, rubéola e caxumba. A dose zero é extra e não substitui as doses de rotina, que devem ser aplicadas aos 12 e 15 meses de idade.
Todas as Unidades de Saúde da Família (USF) de Várzea Grande estão aplicando a vacina. Para receber a imunização, é necessário que pais ou responsáveis apresentem documento de identificação da criança e o cartão de vacinas.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Deisi Bocalon, a mobilização é fundamental para evitar a circulação do vírus. “O sarampo é altamente contagioso e pode causar complicações graves, especialmente em crianças pequenas. Estamos garantindo a oferta da dose zero em todas as USF de Várzea Grande para reforçar essa barreira de proteção”, afirmou.
Em 2025, Mato Grosso registrou 36 notificações de suspeita de sarampo, sendo 34 descartadas e duas ainda em investigação. A gerente de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Carreira, reforça que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção. “Pais de crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) também podem procurar a vacinação, pois as unidades dispõem da vacina dupla viral, que não contém a proteína que pode causar reações alérgicas”, explicou.
A Secretaria Municipal de Saúde destaca que manter a carteira de vacinação em dia protege não apenas quem recebe a dose, mas toda a comunidade.