A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) vai realizar uma auditoria interna para analisar todos os procedimentos relacionados à inutilização de máquinas e equipamentos utilizados em crimes ambientais nos últimos dois anos. O anúncio foi feito pela secretária Mauren Lazzaretti nesta quarta-feira (2), durante palestra sobre "Responsabilização Ambiental".
O trabalho será desenvolvido em parceria com a Controladoria-Geral do Estado (CGE) e tem como objetivo avaliar caso a caso as ações de fiscalização que resultaram na destruição de equipamentos usados em ilícitos ambientais.
"Embora a inutilização ocorra de forma excepcional e amparada pela legislação, precisamos levantar caso a caso para reflexão sobre os procedimentos adotados visando à adequação e aprimoramento da atividade de fiscalização", ressaltou Lazzaretti durante o evento, que reuniu agentes de fiscalização da Sema, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Ambiental e Polícia Judiciária Civil.
De acordo com a secretária, a auditoria tem caráter preventivo e fornecerá subsídios para padronização das respostas que o órgão ambiental deve apresentar à sociedade. "A destruição de máquinas utilizadas para a prática de ilícito ambiental é um ato legítimo e lícito, mas tem que ser exceção. Precisamos avaliar e deixar o mais claro possível aos agentes de fiscalização como e quando essa medida excepcional deve ser executada", afirmou.
A legislação ambiental prevê a inutilização ou destruição de equipamentos e máquinas em situações excepcionais, quando devidamente justificadas. Essa medida é adotada principalmente em casos onde o transporte e a guarda das máquinas se tornam inviáveis devido a circunstâncias que podem comprometer a segurança dos agentes ou impossibilitar a remoção dos equipamentos.
Entre as situações que justificam a destruição estão: impossibilidade de comunicação entre a equipe de fiscalização e a empresa contratada para executar o serviço de remoção; casos em que o veículo de remoção não consegue chegar ao bem apreendido por estar em local de difícil acesso; e quando a apreensão ocorre em locais cuja distância e condições precárias de trafegabilidade aumentam significativamente o tempo de espera, podendo comprometer a segurança dos agentes envolvidos na operação.
A iniciativa busca aprimorar os protocolos de fiscalização e garantir que as ações de combate aos crimes ambientais no estado sejam realizadas dentro dos parâmetros legais, com transparência e eficácia.