O memorial dedicado ao tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, localizado em Ímola, Itália, foi alvo de vandalismo durante o período natalino. Segundo informações do jornal italiano "Il Resto del Carlino", bandeiras e objetos deixados por fãs no local foram queimados e destruídos em dois episódios distintos - um ocorrido dias antes do Natal e outro no próprio dia 25 de dezembro.
A estátua em tamanho real do piloto brasileiro, criada pelo artista italiano Stefano Pierotti em 1997, não sofreu danos durante os ataques. O monumento, localizado próximo à curva Tamburello do circuito de Ímola, tornou-se ao longo dos anos um importante ponto de peregrinação para admiradores do piloto de diversas partes do mundo, que costumam deixar cartas, faixas e bandeiras como demonstração de carinho e admiração.
Em nota oficial, a comuna de Ímola manifestou repúdio aos atos de vandalismo: "A administração municipal condena os gestos de dano perpetrados contra certos itens de lembrança deixados por pessoas próximas ao monumento a Ayrton Senna, que representam um grande patrimônio da cidade, manifestando o amor, o carinho e a estima com que o campeão, a quem a cidade está visceralmente ligada, é lembrado."
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Foto: Reprodução/X
O parque Acqua Minerale, onde está situado o memorial, tem enfrentado problemas recentes de degradação. De acordo com o jornal italiano, parte dessa situação é atribuída a jovens que utilizam o espaço para consumo de bebidas alcoólicas antes de frequentarem casas noturnas da região.
A ligação entre Ímola e Ayrton Senna é marcada por uma trágica história. Foi neste circuito que o piloto brasileiro, aos 34 anos, sofreu o acidente fatal durante o GP de San Marino de 1994. Após uma forte batida na curva Tamburello, Senna foi levado ao hospital Maggiore di Bologna, mas não resistiu aos ferimentos.
O autódromo Enzo e Dino Ferrari, nome oficial do circuito de Ímola, mantém viva a memória do tricampeão através de diversas homenagens ao longo dos anos. Em 2019, por ocasião do 25º aniversário de sua morte, fãs participaram de uma celebração especial que incluiu um mural para mensagens e assinaturas, além da exibição da Lotus-Renault utilizada por Senna em 1985 - ano de sua primeira vitória na Fórmula 1.
Os recentes atos de vandalismo contra o memorial contrastam com o profundo respeito que a cidade italiana dedica à memória do piloto brasileiro, que se mantém como uma das maiores lendas do automobilismo mundial mesmo após quase três décadas de sua partida.