Goiânia voltará a ser palco da MotoGP a partir de 2026, após um acordo histórico celebrado nesta quinta-feira (12) entre o governo de Goiás e a organização da principal categoria do motociclismo mundial. O evento, realizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer, marcou o retorno da competição ao Brasil por um período de cinco temporadas.
O Autódromo Internacional Ayrton Senna será o palco dos grandes prêmios, revivendo uma tradição que havia sido interrompida há mais de duas décadas. A última participação do Brasil na MotoGP ocorreu entre 1995 e 2004, no Rio de Janeiro, após passagens anteriores em Goiânia (1987-1989) e São Paulo (1992).
Alan Adler, CEO da Brasil Motorsport, demonstrou entusiasmo com o retorno. "É um momento que digo que a MotoGP está voltando para casa, onde tudo começou", afirmou, destacando a importância econômica do evento para Goiás em termos de geração de renda, empregos e projeção internacional.
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) vê o evento como uma oportunidade estratégica para o estado, ressaltando o potencial turístico e econômico. Com um toque de humor, Caiado brincou sobre a expectativa de ver um brasileiro no lugar dos tradicionais campeões espanhóis.
"É uma festa que disputa de igual para igual com a Fórmula 1 no mundo todo, e nós queremos, ao invés de ser um espanhol campeão, que seja um brasileiro campeão desta vez", declarou.
Atualmente, a categoria não conta com pilotos brasileiros no grid. No entanto, nomes internacionais como Jorge Martin, Francesco Bagnaia e a estrela Marc Márquez continuam atraindo milhares de fãs.
A expectativa é que o Grande Prêmio do Brasil de MotoGP volte a movimentar o público brasileiro, que nos últimos anos precisava se deslocar para a Argentina para acompanhar a competição ao vivo.
O acordo representa mais do que um evento esportivo: é um marco para o motociclismo brasileiro, prometendo reviver a paixão nacional pelas duas rodas e projetar Goiânia no cenário internacional do esporte a motor.
A primeira etapa está prevista para 2026, com o compromisso de sediar o evento por cinco temporadas consecutivas, reacendendo a chama da MotoGP no país.