Esporte
Larissa Pacheco projeta confronto contra Cris Cyborg na PFL: “Será uma loteria”
Entre retornos e estreias, duelo 100% brasileiro das campeãs da Professional Fighters League e do Bellator é marcado pela imprevisibilidade

Publicado às
15h05em

Depois de quase um ano desde a última aparição no cage, a bicampeã da Professional Fighters League (PFL) Larissa Pacheco já tem um importante compromisso marcado para o próximo sábado (19). A paraense vai enfrentar a campeã do peso-pena do Bellator, Cris Cyborg – que faz sua estreia na PFL - em Riad, capital da Arábia Saudita. A luta entre as brasileiras é também o único confronto feminino programado para o card do evento.
Com um retrospecto positivo de dez vitórias consecutivas, o último combate de Larissa foi em novembro do ano passado, quando derrotou a russa Marina Mokhnatkina e conquistou o cinturão da categoria peso-pena (até 66kg). Sobre o próximo confronto, devido ao estilo de luta agressivo de ambas as atletas, Pacheco analisa que a disputa será bastante aberta, mas confia em um resultado positivo contra a adversária, que busca seu quinto título em companhias diferentes.
"Muito por conta do nosso estilo, eu acredito que vai ser uma loteria. Eu estou muito preparada para tudo, muito atenta a tudo e o que ela tiver para me mostrar eu vou estar pronta para disputar com ela frente a frente. Eu vou entrar para ganhar, vou entrar para vencer", afirmou Pacheco.
Depois de muita negociação, a luta contra Cyborg foi, enfim, confirmada para o final desta temporada, no que a bicampeã considera ser um momento muito especial da sua carreira. Ela conta que esperou muito por esse momento depois de ganhar duas temporadas da PFL e ter ficado quase um ano parada.
A lutadora, que se mudou para os Estados Unidos nesta temporada por questões financeiras, relata uma rotina intensa de preparação que começa logo cedo pela manhã. A atleta conta com uma equipe que a ajuda na preparação física, bem como em outros aspectos como o controle da alimentação e do sono. Por isso, Pacheco entende que realizou o melhor trabalho possível para enfrentar a compatriota.
"Eu me preparei em todas as áreas para poder chegar e não ter brecha nenhuma nessa luta. Se acontecer [a derrota] é porque tem que acontecer, mas o que eu posso dizer é que a gente se preparou muito. Eu me preparei muito para chegar lá e dar um show", garantiu Pacheco.
Além de todo o treinamento físico em busca de chegar na melhor forma possível para o confronto, a atleta ainda destaca um outro aspecto muito importante na sua preparação: o trabalho psicológico. Pacheco conta que faz terapia e que isso fez a diferença nos seus resultados, já que agora é muito mais capaz de controlar suas emoções.
"Eu tenho muito respeito por ela [Cyborg], é uma lenda. Fiquei muito feliz de ter a oportunidade de fazer uma luta contra ela. Eu quero me tornar uma atleta tão grandiosa como ela foi, como ela é. Essa luta com ela vai me dar esse crédito, vai me dar essa credibilidade dentro do esporte. Então isso me deixa muito feliz", disse a bicampeã.
A paraense, de 30 anos de idade, começou a competir em 2012 e, desde então, soma em seu cartel 23 vitórias e apenas quatro derrotas, além de ser a única mulher a conquistar dois títulos em categorias diferentes na PFL, no peso-leve (até 70,3kg) e no peso-pena (até 65,8kg). Quase dez anos mais nova que a rival, Pacheco não enxerga que o fator idade vá fazer a diferença no confronto.
Foto: Cooper Neill / PFL
"Ela tem mais de dez anos de experiência dentro do esporte. A experiência conta muito, eu acredito nisso. Vitalidade não é tudo, jovialidade não é tudo. Sem preparo, sem organização, sem treino não é nada", contou a atleta.
Ciente da importância de uma luta desse tamanho e do que representa para o esporte, a bicampeã também vê uma oportunidade para inspirar meninas e crianças a começarem uma trajetória no mundo das lutas ou a buscar êxitos em qualquer área da vida. Além disso, ao lutar em um país ainda muito conservador como a Arábia Saudita, ela diz esperar que o confronto seja também um recado na direção por mais equidade de gênero dentro da modalidade.
Pacheco já conquistou vitórias importantes na carreira, como contra Kayla Harrison, em novembro de 2022, no triunfo que a garantiu o título dos leves depois de duas derrotas seguidas para a norte-americana. Agora, vai em busca de mais uma vitória contra uma adversária de peso, mas sem perder de vista sua maior oponente.
"A luta para mim é sempre uma superação contra mim mesma. A minha maior oponente que vai estar ali sou eu mesma, então eu sempre lutei contra mim. Lutei para me superar a cada momento e esse é o objetivo", finalizou Larissa.
O confronto entre Larissa Pacheco e Cris Cyborg será o primeiro entre as atletas, mas elas não serão as únicas a representar o Brasil no card da PFL. O goiano Renan "Problema" Ferreira vai fazer a luta principal do evento contra Francis Ngannou, ex-campeão do UFC.
O Combate transmite o PFL: Batalha de Gigantes ao vivo neste sábado a partir de 14h30 (horário de Brasília). O Youtube do Combate exibe as quatro primeiras lutas do evento em vídeo ao vivo; o Combate.com acompanha o card principal em Tempo Real a partir de 17h.
Confira a programação completa do evento:
PFL: Super Fights Championship
19 de outubro de 2024, às 14h30 (horário de Brasília), em Riad, Arábia Saudita
CARD PRINCIPAL (17h no horário de Brasília):
Peso-pesado: Francis Ngannou x Renan Problema
Peso-pena: Cris Cyborg x Larissa Pacheco
Peso-médio: Johnny Eblen x Fabian Edwards
Peso-pena: Husein Kadimagomaev x Zafar Mohsen
Peso-leve: AJ McKee x Paul Hughes
CARD PRELIMINAR (14h30 no horário de Brasília):
Peso-galo: Raufeon Stots x Marcos Breno
Peso-leve: Makkasharip Zaynukov x Dedrek Sanders
Peso-pena: Ibragim Ibragimov x Nacho Campos
Peso-pena: Tariq Ismail x Taha Bendaoud
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