Arritmia: entenda problema que fez Tite e jogador serem internados

O jogador está internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com uma nota divulgada pelo clube uruguaio, o quadro de Juan Izquierdo estável neste momento, ainda em observação.

O que é arritmia cardíaca?

A arritmia cardíaca se caracteriza por alterações no ritmo dos batimentos do coração, que podem ser irregulares, muito rápidos ou muito lentos. O ritmo se torna irregular devido a variações dos impulsos elétricos cardíacos.

De forma geral, o problema é causado por uma predisposição genética, mas alguns hábitos de vida também podem aumentar o risco para o desenvolvimento de arritmias.

“Observamos que há fatores que costumam levar à arritima: doenças cardíacas pré-existentes, diabetes, consumo de álcool, tabaco ou cafeína em excesso, além de distúrbios da tireoide ou apneia”, explicou a cardiologista Thalita Merluzzi, da equipe de transplante cardíaco do Hospital Albert Einstein e do corpo clínico da Rede Plus em entrevista anterior ao Metrópoles.

Sintomas

Nem todas as arritmias apresentam sintomas. A cardiologista Fatima Dumas Cintra, explicou em entrevista anterior ao Metrópoles, que não ter o diagnóstico do problema aumenta o risco para o paciente.

Além da sensação de coração acelerado, mesmo em repouso, e de que o coração pode parar de bater momentaneamente, a arritmia pode causar sintomas como:

Palpitações;
Tontura;
Desmaio;
Falta de ar;
Dor no peito;
Cansaço.

Como o problema pode ser detectado?

As arritmias podem ser detectadas por meio de eletrocardiogramas simples. No entanto, em alguns casos, a condição se manifesta de forma intermitente, fazendo com que o coração pareça ter uma frequência normal em exames de curta duração.

Por essa razão, o Holter, dispositivo que monitora os batimentos cardíacos ao longo de 24 horas, é utilizado para confirmar a suspeita do distúrbio.

“É importante realizar exames periódicos, eles conseguem identificar a condição ou detectar doenças que podem levar ao quadro, isso permite que os pacientes sejam tratados da forma mais efetiva e precoce possível”, diz Thalita Merluzzi.

Tratamento

O tratamento recomendado varia conforme o tipo de arritmia cardíaca e é prescrito pelo cardiologista que acompanha o paciente. Para casos leves, a medicação pode ser suficiente.

Em situações mais complexas, pode ser necessário realizar uma ablação por cateter, um procedimento minimamente invasivo que corrige as vias elétricas anormais do coração. Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de um marca-passo, que ajuda a regular os impulsos elétricos cardíacos.