O Papa Francisco, 87 anos, enfrentou uma crise respiratória asmática prolongada neste sábado (22), conforme informou o serviço de comunicação do Vaticano. O pontífice, que está internado no Hospital Gemelli, em Roma, desde 14 de fevereiro para tratamento de uma pneumonia bilateral, necessitou de transfusão de sangue e aplicação de "oxigênio de alto fluxo".

De acordo com a Rádio Vaticano, o Papa passou o dia sentado em uma poltrona e apresentou intensificação das dores em comparação ao dia anterior. O serviço de comunicação do Vaticano foi enfático ao afirmar que "o estado do Santo Padre continua crítico" e que "o Papa não está fora de perigo".

Exames realizados revelaram um quadro de trombocitopenia associada à anemia, condição caracterizada pela redução do número de plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de hemorragia. Esta condição levou à necessidade das transfusões sanguíneas.

O médico Sérgio Alfieri, responsável pelo tratamento, informou pela manhã que o pontífice permanecerá hospitalizado pelo tempo necessário até que possa retornar com segurança à sua residência em Santa Marta. Apesar das limitações, o Papa conseguiu se deslocar do quarto até a capela do hospital para um momento de oração de 20 minutos. "Ele é o Papa, mas também é um homem (...) Mas se o corpo tem quase 90 anos, a cabeça é de 60 ou 50", destacou Alfieri, segundo reportagem da Rádio Vaticano.

A equipe médica mantém-se especialmente atenta ao risco de desenvolvimento de sepse, uma grave complicação que ocorre quando germes das vias respiratórias entram na corrente sanguínea, podendo causar uma infecção generalizada que se espalha por outros órgãos do corpo.