EUA aprovam venda de armamento de US$ 7 bilhões para Israel sem revisão do Congresso

Normalmente, o processo de venda de armas passa por uma revisão do Congresso, onde o Comitê de Relações Exteriores da Câmara e o Comitê de Relações Exteriores do Senado são notificados e têm a oportunidade de fazer questionamentos. No entanto, mesmo com perguntas pendentes do deputado Meeks, o governo seguiu adiante com a venda. "Este movimento é mais uma rejeição de Donald Trump à prerrogativa legítima de supervisão do Congresso", criticou o congressista, acrescentando que o secretário de Estado Marco Rubio não forneceu justificativa ou documentação adequada para contornar o processo de revisão.

Esta é a primeira venda de armas para Israel sob o governo Trump, embora o país já tenha recebido significativos pacotes de armamentos durante a administração Biden. O governo democrata anterior havia aprovado uma venda de US$ 20 bilhões, que incluía mais de 50 caças F-15. Na última terça-feira (4), Trump afirmou ter encerrado um suposto "embargo de armas" imposto pelo governo Biden a Israel.

Vale ressaltar que Biden havia suspendido apenas o envio de bombas de 900 kg no ano passado, devido a preocupações com a segurança de civis palestinos em Gaza. Mesmo após essa suspensão específica, a Casa Branca ainda estava negociando outra venda de US$ 1 bilhão para Israel. Um assessor do Congresso comentou que a decisão do governo Trump os deixou "chocados, mas não surpresos", evidenciando o desrespeito da Casa Branca ao papel do Congresso.