Juíza bloqueia ordem de Trump contra cidadania por nascimento nos EUA

Em sua decisão, a magistrada foi enfática ao afirmar que a ordem executiva "entra em conflito com a linguagem clara da 14ª Emenda" e contradiz um precedente vinculativo da Suprema Corte que vigora há 125 anos. "Nenhum tribunal no país jamais endossou a interpretação do presidente. Este tribunal não será o primeiro", destacou Boardman.

O processo que resultou nesta decisão foi apresentado em Maryland por cinco mulheres grávidas, cujos bebês poderiam ser diretamente afetados pela ordem presidencial, junto com dois grupos de direitos dos imigrantes. A juíza, que foi nomeada pelo ex-presidente Joe Biden, determinou que a liminar deveria ter alcance nacional para garantir proteção adequada a todos os envolvidos.

Boardman argumentou que o governo não seria prejudicado por uma liminar que impeça a aplicação de uma ordem executiva com alta probabilidade de ser declarada inconstitucional. A decisão reforça a proteção ao direito histórico de cidadania por nascimento nos Estados Unidos, princípio fundamental da constituição americana.