Os Estados Unidos conduziram neste sábado (1º) uma série de ataques aéreos contra combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Somália, conforme anunciado pelo presidente Donald Trump. A operação, que marca o primeiro ataque militar do seu segundo mandato, teve como alvo principal um líder do grupo extremista e seus subordinados.
De acordo com o secretário da Defesa, Pete Hegseth, os ataques foram executados pelo Comando Africano dos EUA (US Africom) sob direção direta do presidente Trump, em coordenação com o governo somali. Uma avaliação inicial realizada pelo Pentágono indicou que não houve vítimas civis durante a operação.
Em sua rede social Truth, Trump declarou que os ataques "destruíram as cavernas onde viviam e mataram muitos terroristas sem ferir civis". O presidente também criticou seu antecessor, Joe Biden, afirmando que "há anos que as nossas Forças Armadas têm como alvo este planejador de ataques do Estado Islâmico, mas Biden e os seus comparsas não agiram com a rapidez suficiente para fazer o trabalho. Eu agi!"
Trump ainda enviou uma mensagem direta aos extremistas: "A mensagem para o grupo extremista e para todos os outros que querem atacar norte-americanos é a seguinte: 'Vamos encontrá-los e matá-los'".
Autoridades militares americanas têm manifestado preocupação crescente com a evolução das células do Estado Islâmico na região. Segundo informações oficiais, o grupo tem recebido orientações específicas de sua liderança no norte da Somália, incluindo técnicas de sequestro de ocidentais para obtenção de resgate, aprimoramento de táticas militares, estratégias para evasão de drones e desenvolvimento de pequenos quadricópteros.
Em maio de 2024, os Estados Unidos já haviam realizado um ataque aéreo na região, resultando na morte de três militantes do Estado Islâmico, conforme informado pelo Comando Africano dos EUA.
De acordo com o Grupo de Crise Internacional, organização especializada em questões de defesa e segurança, estima-se que o número de militantes do Estado Islâmico na Somália seja de algumas centenas. A maioria desses combatentes encontra-se dispersa nas montanhas de Cal Miskaat, na região de Bari, em Puntland.