O advogado Marco Antonio Mendes, de Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá), negou nesta segunda-feira (4) qualquer ligação com facções criminosas, após seu escritório ser alvo de disparos. Em manifestação nas redes sociais, Mendes rebateu rumores de que o atentado estaria relacionado a um suposto desacordo com uma organização criminosa, afirmando que sua atuação na área criminal é mínima.
O ataque ocorreu no sábado (2), e o suspeito de atirar contra o escritório foi preso pela Polícia Militar, que encontrou com ele quatro tabletes e porções de maconha, munições e R$ 6,3 mil em espécie. Segundo a PM, o homem afirmou ser integrante de uma facção envolvida no tráfico de drogas e declarou que o crime teria sido cometido a mando do grupo, alegando um desacordo em uma contratação.
Diante das especulações, Mendes divulgou um vídeo em que desmente qualquer envolvimento com a facção e desafia que sejam apresentadas provas. “Eu nunca advoguei para o suposto acusado e nem para qualquer facção criminosa. Minha atuação na área criminal é mínima e não envolve qualquer relação com facções”, declarou. O advogado acrescentou que, se houve alguma tentativa de intimidação, cabe à polícia esclarecer o caso, mencionando ainda que seu único desacerto comercial envolve uma questão cível com uma empresária da cidade.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) emitiu nota condenando o ataque e anunciou que solicitou proteção policial para o advogado junto à Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. Em resposta, a secretaria informou que reforçou a segurança em Lucas do Rio Verde. Foram deslocadas duas equipes da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), uma equipe de motopatrulhamento do Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (Raio), além de duas do Grupo de Operações Especiais (GOE) e uma da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, para intensificar as rondas e investigações na cidade.