MEC quer transformar escolas e levar ensino integral a 100% do país até 2026

Katia destaca que o MEC também trabalha para consolidar o Programa Pé-de-Meia como política de Estado, garantindo permanência e sucesso escolar no ensino médio. A proposta vai além da transferência de renda e busca assegurar engajamento, aprendizagem e progressão escolar dos estudantes.

O Compromisso Nacional Toda Matemática, lançado neste ano, também está entre as prioridades do governo para 2025. A iniciativa pretende articular redes públicas de ensino a partir de metas e ações coordenadas, nos moldes do pacto nacional pela alfabetização.

Pela normatização do Inep, considera-se ensino integral a jornada de pelo menos sete horas diárias, cinco dias por semana. Para a secretária, porém, ampliar o tempo de permanência é apenas o primeiro passo.

Ela defende que a qualidade das vagas depende de fatores como formação docente, infraestrutura adequada e diversidade de espaços. “A escola precisa estar preparada para oferecer teatro, música, esporte, lazer. Profissionais qualificados e dispostos a aprender coletivamente também são essenciais”, afirmou.

Outro ponto ressaltado por Katia é a articulação entre áreas como saúde, cultura e esporte para apoiar a rotina escolar. Para ela, a pandemia evidenciou o papel central da escola na proteção social, e outras políticas públicas precisam operar de forma integrada.

A gestora argumenta ainda que o modelo integral deve levar em conta as especificidades de cada território. Isso inclui pensar currículos, metodologias, espaços e materiais a partir das características regionais, em diálogo com as demandas e potencialidades locais.

As declarações foram dadas durante o encontro “Educação Integral Impacto Real”, promovido pelo Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), Instituto Natura e Instituto Sonho Grande (ISG), que reuniu gestores, especialistas e organizações ligadas ao tema.