A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública, realizou na segunda-feira (4) a demolição de construções irregulares em áreas públicas dos residenciais Ilza Terezinha Picolli e Pádova, localizados no bairro Morada da Serra. A ação integra o cronograma de fiscalização da gestão municipal, que já contabiliza 36 demolições de edificações irregulares desde o início do ano.
Com o apoio das Secretarias Municipais de Obras e de Segurança Pública, da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) e da concessionária Energisa, as equipes atuaram na desocupação de uma área pública originalmente destinada à implantação de equipamentos comunitários. Segundo a secretária de Ordem Pública, o espaço vinha sendo utilizado como ponto de consumo de drogas e abrigo para criminosos, o que gerava insegurança para moradores e estudantes da região.
“O local passou a ser usado como ponto de consumo de drogas e esconderijo de criminosos, gerando medo e insegurança, principalmente para as famílias que circulam por aqui levando os filhos para a escola. Essa ação traz alívio e é um passo importante para que esse espaço volte a servir à comunidade”, afirmou a secretária.
Durante a operação, a Energisa realizou o desligamento da rede elétrica no local, evitando riscos relacionados a ligações clandestinas. Já a Secretaria de Obras foi responsável pela retirada de todos os resíduos resultantes da demolição.
Morador da Rua J há 18 anos, Alcides Bosco Ferreira relatou que o local era conhecido como um ponto crítico de consumo de drogas, o que afetava diretamente a circulação de ônibus e a rotina de estudantes. “Aqui é o ponto final das linhas 309 e 390. Os motoristas tinham medo de ficar parados porque o lugar era usado para fumar droga. Já vi até meninas jovens nesse meio. Isso era um perigo. Agora, com a demolição, esperamos que a situação melhore”, disse.
O diretor da CEMEI Paulo Ronan, Keitel Jorge Moreira Júnior, destacou os impactos da ocupação irregular na rotina da unidade de ensino. “Convivíamos com mau cheiro e com pessoas desocupadas jogando lixo. Descobrimos, inclusive, furto de água vindo dessa construção. A limpeza e demolição do local vão trazer mais segurança às crianças e tranquilidade aos pais”, afirmou.
Além da demolição do centro comunitário, outra ação foi realizada em um terreno localizado na Avenida das Hortênsias. O espaço havia sido cercado por um particular e abandonado, tornando-se um ponto de acúmulo de entulho e abrigo de animais peçonhentos. De acordo com o coordenador de Regulação e Fiscalização de Obras, Érico César de Arruda e Silva, a Prefeitura tentou localizar o responsável para que promovesse a desocupação de forma voluntária, mas sem sucesso. “Diante disso, tomamos as providências necessárias para desobstruir e limpar a área, com apoio da Secretaria de Obras”, pontuou.
A operação faz parte de um conjunto de medidas adotadas pela Prefeitura para coibir ocupações irregulares em áreas públicas. Além das ações nos residenciais Ilza Terezinha e Pádova, também foram demolidas três edificações irregulares em uma praça no bairro Parque Geórgia; uma lanchonete instalada em passeio público no bairro Porto; 12 construções em fase inicial na área verde da Rua N, no Residencial Ilza Terezinha; e outras 18 construções em fase inicial em áreas públicas do Jardim Imperial II.