Atriz Maria Padilha é acusada de trabalho escravo e condenada a indenizar ex-funcionária

Acúmulo de funções e condições de trabalho

A ex-funcionária afirmou que acumulou diversas tarefas, incluindo limpeza da casa, preparo de refeições, cuidado com o filho e o animal de estimação de Padilha, além de realizar compras no supermercado. As pausas durante o expediente foram de apenas 10 minutos, insuficientes para o descanso necessário.

Além disso, a trabalhadora relatou que morava em Minas Gerais e viajava semanalmente para o Rio de Janeiro, onde reside Maria Padilha, arcando com metade dos custos de transporte do próprio bolso.

Relação de trabalho conturbada e falta de registro formal

O vínculo empregatício, encerrado em 2019, foi marcado por conflitos. A ex-empregada alegou que não tinha carteira assinada e recebia um salário de R$ 2,5 mil. Ela também afirmou ter sido obrigada a assinar um termo de confidencialidade para não divulgar informações sobre a residência e a convivência com a atriz.

A rescisão do contrato aconteceu via WhatsApp, após a ex-colaboradora questionar as condições de trabalho. Maria Padilha teria dispensado a funcionária sem cumprir todas as obrigações trabalhistas.

Decisão judicial e tentativa de acordo

Durante o processo, Maria Padilha tentou fazer um acordo, oferecendo R$ 4,5 mil para quitar as dívidas trabalhistas, incluindo FGTS, 13º salário e férias, mas a proposta foi recusada. A Justiça determinou que a atriz pagasse o montante de R$ 27.474,89, que inclui as indenizações e as multas pelo descumprimento de direitos previstos na lei.