Morre Léo Batista, ícone do jornalismo esportivo brasileiro, aos 92 anos

Sua jornada profissional teve início precocemente, aos 15 anos, quando trabalhou nos serviços de alto-falantes em sua cidade natal, Cordeirópolis (SP). Sua estreia no rádio foi marcada pela cobertura da Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil. Em 1955, ingressou na televisão através da TV Rio, e quinze anos depois, iniciou sua histórica passagem pela TV Globo, onde se tornou um dos funcionários mais longevos da emissora.

Na Globo, Batista deixou sua marca como um dos primeiros âncoras de programas emblemáticos como o Globo Esporte e o Jornal Hoje. Sua carreira foi pontuada por momentos históricos do jornalismo brasileiro, sendo o primeiro a noticiar o suicídio do presidente Getúlio Vargas em 1954, e também responsável por anunciar a morte do piloto Ayrton Senna, horas após o trágico acidente em Ímola, na Itália.

Torcedor declarado do Botafogo e sócio do clube desde 1992, Léo Batista recebeu uma tocante homenagem do time após seu falecimento. Em nota oficial, o clube destacou: "Eterno em nossos corações! Com pesar e gratidão, hoje nos despedimos do grande Léo Batista, escolhido pela Estrela Solitária e um dos maiores nomes da comunicação brasileira. A voz marcante do jornalista atravessou gerações, nos acompanhou em momentos históricos e anunciou o 'Tempo de Botafogo'."

O legado de Batista foi reconhecido pelo clube com a nomeação da cabine de TV do Estádio Nilton Santos em sua homenagem, onde foi frequentemente ovacionado pela torcida alvinegra. "Uma relação de amor, reconhecimento e lealdade. Obrigado por tudo, Léo Batista. Um marco na história do jornalismo, do esporte e do Botafogo", concluiu o comunicado do clube.