Número de famílias em situação de rua crescem exponencialmente, revela estudo do Ministério do Desenvolvimento Social

O ministro Wellington Dias enfatizou a importância do diagnóstico para aprimorar as intervenções sociais, mencionando o Plano Ruas Visíveis, iniciado em janeiro do ano anterior. O estudo revela a heterogeneidade dessa população, evidenciando diferentes graus de vulnerabilidade entre mulheres, idosos, pessoas com deficiência, crianças, adolescentes, famílias e população LGBTQIA+.

Um aspecto crucial revelado pela pesquisa é a dimensão racial da situação de rua. Os dados mostram que jovens, analfabetos, negros e indígenas têm maior probabilidade de pernoitar nas ruas em comparação com albergues. A ministra Macaé Evaristo ressaltou que este não é um fenômeno exclusivo do Brasil, mas uma realidade global profundamente conectada a questões raciais e étnicas.

Apesar da riqueza de informações, os pesquisadores reconhecem as limitações do estudo. Eles destacam a necessidade de realizar um censo nacional da população em situação de rua e integrar dados administrativos para garantir políticas públicas mais precisas e baseadas em evidências concretas.

O Cadastro Único, que serviu como base para o estudo, abrange 40.811.422 famílias, representando 94.587.894 indivíduos, o que demonstra a amplitude do trabalho de mapeamento social desenvolvido pelo governo federal.