Servidores grevistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ocuparam o gabinete do presidente Alessandro Stefanutto em Brasília (DF) nesta quarta-feira (4/9). A mobilização é um protesto contra uma portaria que determina que as ausências dos grevistas sejam registradas como “falta injustificada” a partir de 28 de agosto.
O acordo assinado entre o governo federal e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) no dia 28 de agosto, que também conta com as assinaturas do diretor de gestão de pessoas, Roberto Carneiro da Silva, e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, não foi aceito por parte da categoria. Eles alegam que a greve continua e que o acordo não reflete os interesses dos trabalhadores.
Segundo informações, a ocupação do gabinete tem como objetivo exigir a revogação da portaria que, segundo os servidores, "ataca o direito de greve", e a abertura imediata de uma nova mesa de negociação sobre o reajuste salarial com o governo federal. A greve, que já dura um mês e meio, tem tido impacto limitado nos serviços prestados, com uma redução de cerca de 3% a 4% no apoio às perícias.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Rio Grande do Sul (Sindiprev-RS) criticou duramente a ação, chamando-a de "traição". Em nota, o sindicato afirmou: “A traição demonstrada por Stefanutto terá sérias consequências, e a mobilização dos funcionários do Seguro Social segue firme e determinada.”
A greve dos servidores do INSS continua em nível nacional, com os trabalhadores pressionando por uma nova negociação e ajustes no acordo previamente assinado.