Caminhoneiros organizam nova paralisação nacional com foco em pautas trabalhistas

As reivindicações incluem estabilidade contratual, aplicação efetiva das leis já vigentes, revisão do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a criação de aposentadoria especial após 25 anos de atividade comprovada.

Para Janderson Maçaneiro, o Patrola, presidente da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC), o descontentamento generalizado tende a impulsionar o movimento. O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (Sindicam) também afirmou que paralisações são decisões tomadas diretamente pela base e que dará suporte caso os caminhoneiros optem por aderir.

Mesmo assim, há divergências. Grupos da Baixada Santista se declararam contrários ao ato, alegando que ainda existem indícios de articulação política. Marcelo Paz, presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS), afirma que não houve assembleia ou processo formal que justificasse a convocação.

A última paralisação de grande impacto ocorreu em 2018, quando caminhoneiros interromperam o transporte por dez dias em protesto contra os aumentos no preço do diesel. O país enfrentou desabastecimento e só houve normalização após o governo federal negociar parte das reivindicações da categoria.