Ex-presidente dos EUA Jimmy Carter morre aos 100 anos

Um dos marcos mais significativos de seu mandato presidencial foi a intermediação dos Acordos de Camp David em 1978, negociação histórica que reuniu o presidente egípcio Anwar Sadat e o primeiro-ministro israelense Menachem Begin, consolidando seu papel como mediador internacional.

Após deixar a Casa Branca, Carter intensificou seu trabalho humanitário. Junto com sua esposa Rosalynn, fundou o Carter Center, organização dedicada à promoção da paz e saúde global. A instituição destacou-se pelo monitoramento de eleições em países estrangeiros e pelo combate a doenças em nações em desenvolvimento. Paralelamente, ele manteve-se como voluntário ativo da Habitat for Humanity por muitos anos.

Seu compromisso com a paz e justiça social foi reconhecido internacionalmente em 2002, quando recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços em promover a paz mundial. Mesmo nos últimos anos, quando manteve um perfil mais discreto devido à pandemia de coronavírus, Carter continuou alertando sobre os riscos à democracia global, tema que sempre defendeu com vigor.

Em 2015, o ex-presidente enfrentou e venceu um câncer no cérebro. No entanto, problemas de saúde em 2019 o levaram a uma cirurgia para aliviar a pressão cerebral. Essas complicações médicas o forçaram a interromper sua tradicional atividade de décadas como professor da escola dominical na Igreja Batista Maranatha, em sua cidade natal de Plains.

Carter deixa um legado duradouro como defensor da paz, dos direitos humanos e da democracia, tendo dedicado sua vida, tanto durante quanto após sua presidência, ao serviço público e às causas humanitárias.