Rebeldes declaram Damasco “livre” ao regime de Bashar al-Assad e anunciam transição política na Síria

Em um gesto surpreendente de abertura ao diálogo, o primeiro-ministro sírio Mohammad Ghazi al-Jalali manifestou disposição para cooperar com qualquer liderança escolhida pelo povo. Ele defendeu a realização de eleições livres e disse estar em contato com o líder rebelde Ahmed al-Sharaa, conhecido como Abu Mohammed al-Golani, para discutir a transição política.

Golani, líder do grupo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), principal força da oposição armada, emitiu um comunicado pedindo que as forças rebeldes não danifiquem instituições estatais. Ele proibiu expressamente que os militantes se aproximem de prédios públicos, que devem permanecer sob supervisão até transferência oficial.

Em resposta à situação, o exército israelense informou que mobilizou forças na zona-tampão monitorada pela ONU na fronteira com a Síria, preparando-se para possíveis desenvolvimentos.

Jalali fez um apelo direto aos cidadãos sírios: "Peço que não danifiquem nenhuma propriedade pública, pois ela pertence a todos". Ele reforçou seu compromisso com uma transição pacífica, afirmando que permanecerá em sua residência para garantir a continuidade das instituições públicas.

A declaração dos rebeldes marca um momento potencialmente decisivo no conflito sírio, que já dura mais de uma década, sinalizando possíveis mudanças significativas na estrutura política do país.

A situação permanece tensa e dinâmica, com todos os olhos voltados para os próximos movimentos dos diferentes atores envolvidos no conflito.