Relatório da ONU revela predominância de mulheres e crianças entre as vítimas da guerra de Gaza

"É essencial haver o devido ajuste de contas com relação às alegações de graves violações do direito internacional por meio de órgãos judiciais confiáveis e imparciais", afirmou o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk.

O relatório da ONU traz um número muito menor de vítimas do que o fornecido pelas autoridades de saúde palestinas, que apontam mais de 43 mil mortos. Mas o detalhamento da ONU sobre a idade e o gênero das vítimas corrobora a afirmação palestina de que civis, especialmente mulheres e crianças, compõem uma grande parcela dos mortos.

As Forças Armadas israelenses afirmam que tomam cuidado para evitar ferir civis em Gaza e que aproximadamente um civil foi morto para cada combatente, atribuindo essa proporção ao uso de instalações civis por parte do Hamas. Já o grupo militante palestino nega usar civis e infraestrutura civil como escudos humanos.

O chefe do Escritório de Direitos Humanos da ONU para o Território Palestino Ocupado, Ajith Sunghay, disse que as mortes incluídas no relatório foram verificadas por três fontes, como vizinhos, membros da família, ONGs locais, registros hospitalares ou funcionários da ONU no local.

Ele acrescentou que a contagem final da ONU provavelmente será semelhante à contagem palestina, que aponta mais de 43 mil mortos.