William Bryan, de 70 anos, morreu durante uma cirurgia realizada em um hospital na Flórida, EUA, após o médico que o operava ter removido por engano seu fígado, acreditando tratar-se do baço aumentado. O erro fatal foi revelado por um advogado que representa Beverly, a viúva do paciente.
William e sua esposa estavam visitando sua propriedade alugada no condado de Okaloosa, Flórida, no mês passado, quando ele começou a sentir fortes dores abdominais na região inferior esquerda. O morador de Muscle Shoals, Alabama, foi levado ao Hospital Ascension Sacred Heart Emerald Coast, no condado de Walton, onde foi internado para exames devido a preocupações sobre uma possível anormalidade no baço.
Segundo o advogado da família, o cirurgião-geral Thomas Shaknovsky e o diretor médico do hospital, Christopher Bacani, convenceram a relutante família a permitir que Bryan passasse por uma cirurgia de emergência, advertindo que ele poderia enfrentar complicações graves se deixasse o hospital. Bryan aceitou a recomendação médica e passou por uma esplenectomia laparoscópica assistida em 21 de agosto.
Durante a cirurgia, o Dr. Shaknovsky cometeu um erro trágico ao remover o fígado de Bryan, confundindo-o com o baço. O corte cirúrgico na vasculatura principal do fígado causou uma "perda de sangue imediata e catastrófica", resultando na morte de Bryan. Após a cirurgia, Shaknovsky identificou erroneamente o fígado removido como baço, uma falha que só foi descoberta após a morte do paciente.
Em uma explicação posterior à Beverly Bryan, o cirurgião alegou que o "baço do marido estava tão doente que era quatro vezes maior que o normal e havia migrado para o outro lado do corpo", uma afirmação que contradiz o conhecimento anatômico básico.
O fígado, localizado no lado superior direito da cavidade abdominal, é consideravelmente maior e mais pesado que o baço, que se situa no lado superior esquerdo do abdômen e tem aproximadamente o tamanho de um punho.
O advogado que representa Beverly alega no processo que o Dr. Shaknovsky tem um histórico de erros médicos, incluindo um incidente em 2023, no qual ele removeu uma parte do pâncreas de um paciente em vez de realizar a ressecção pretendida da glândula adrenal. A ação judicial busca indenização para a família e a revogação da licença médica de Shaknovsky.
O caso levanta sérias questões sobre a competência médica e a segurança dos pacientes, enquanto a família de William Bryan busca justiça pelo erro fatal que tirou sua vida.