IGP-M cai e muda cenário dos aluguéis no país

De acordo com o economista do Ibre-FGV, Matheus Dias, o comportamento reflete um ano marcado por descompressão nos preços de várias cadeias produtivas.

“Boa parte de 2025 foi marcada por quedas significativas, tanto no segmento industrial quanto no agro”, observa.

Os demais componentes subiram no período:

• IPC (Índice de Preços ao Consumidor): +3,95%

• INCC (Índice Nacional de Custo da Construção): +6,41%

Novembro tem alta, mas acumulado cai

Em novembro, o IGP-M registrou alta de 0,27%, revertendo a queda de 0,36% observada em outubro. Esse avanço mensal, porém, não impediu que o acumulado em 12 meses migrasse para o terreno negativo. A explicação está no efeito base: saiu da conta o índice de novembro de 2024, quando o indicador havia subido 1,30%.

E o aluguel, vai diminuir?

Mesmo sendo conhecido como a inflação do aluguel, o resultado negativo do IGP-M não garante redução automática no valor pago pelos inquilinos. Muitos contratos estabelecem que o reajuste só será aplicado quando houver variação positiva do índice — o que, na prática, impede ajustes para baixo.

Além do mercado imobiliário, o IGP-M também é utilizado para atualizar tarifas públicas e serviços essenciais.

Como é feita a pesquisa

A coleta realizada pela FGV abrange sete capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Os resultados mais recentes têm como base os preços levantados entre 21 de outubro e 20 de novembro.