O desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, menor patamar da série histórica iniciada em 2012. No período anterior, a taxa estava em 5,8%. Os números foram divulgados nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, o país registrava 6,1 milhões de pessoas desocupadas no fim de julho, menor contingente desde o último trimestre de 2013. Já a população ocupada alcançou o recorde de 102,4 milhões de trabalhadores, com destaque para o avanço dos vínculos formais: 39,1 milhões de pessoas possuíam carteira assinada.
O nível de ocupação ─ que mede a proporção de trabalhadores na população em idade ativa ─ manteve-se no patamar recorde de 58,8%.
Mercado aquecido e menor desalento
Segundo William Kratochwill, analista do IBGE, os indicadores reforçam o bom momento do mercado de trabalho:
“O mercado se mostra aquecido, resiliente, com características de expansão. O estoque de pessoas fora da força de trabalho vem diminuindo”, afirmou.
A pesquisa também apontou que 65,6 milhões de pessoas estavam fora da força de trabalho, número estável em relação ao trimestre anterior. Já a população desalentada ─ que desistiu de procurar emprego por acreditar que não conseguiria vaga ─ caiu 11% e ficou em 2,7 milhões.
Setores que puxaram a ocupação
O crescimento do emprego foi impulsionado principalmente por três setores:
-
Administração pública, saúde, educação e assistência social: +522 mil pessoas;
-
Serviços de informação, comunicação, atividades financeiras e imobiliárias: +260 mil pessoas;
-
Agropecuária, pesca e produção florestal: +206 mil pessoas.
A taxa de informalidade recuou de 38% para 37,8%, a segunda menor já registrada, embora o número absoluto de trabalhadores sem carteira tenha subido para 38,8 milhões.
Rendimento e massa salarial
O rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 3.484, levemente abaixo do trimestre anterior (R$ 3.486). Já a massa de rendimentos atingiu R$ 352,3 bilhões, alta de 2,5% em relação ao segundo trimestre.
Divulgação adiada
A publicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) referente ao trimestre de maio a julho estava prevista para 29 de agosto, mas foi adiada em 18 dias devido a problemas técnicos.