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Governo amplia Mais Médicos com 2,2 mil vagas e reforço de profissionais formados no exterior

Expansão do programa busca garantir assistência contínua em áreas vulneráveis e integrar prontuário eletrônico nas unidades de saúde.

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Governo amplia Mais Médicos com 2,2 mil vagas e reforço de profissionais formados no exterior
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (17), a abertura de 2,2 mil novas vagas no programa Mais Médicos, acompanhada da criação de um cadastro reserva para suprir eventuais desistências ou necessidades futuras. A medida busca reforçar a atenção primária em regiões vulneráveis e com dificuldades de fixação de profissionais.

A ampliação do programa surge como resposta à persistente falta de médicos em comunidades rurais, periferias e territórios indígenas — locais onde a população enfrenta longos períodos sem acesso à saúde básica.

Impacto direto nas comunidades

O governo espera que a chegada dos novos médicos transforme a realidade de milhares de brasileiros que vivem em áreas remotas. Os principais impactos esperados incluem:

Redução das filas de espera: Mais médicos nas unidades básicas permitirão agilizar consultas e diagnósticos.

Reforço na prevenção: O foco na atenção primária permitirá um melhor controle de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, além de intensificar campanhas de vacinação e acompanhamento pré-natal.

Acompanhamento contínuo: Com mais médicos fixos, a população terá maior segurança e vínculo com o profissional, o que melhora a adesão aos tratamentos.

Cobertura em áreas distantes: Povos indígenas, comunidades quilombolas e cidades pequenas receberão prioridade no preenchimento das vagas.

Alívio nos hospitais: Com a saúde básica fortalecida, espera-se uma queda nos casos que chegam aos hospitais em estágio avançado, diminuindo a sobrecarga nas emergências.

Prontuário Eletrônico: continuidade e integração do cuidado

Uma das prioridades do Ministério da Saúde é garantir que as unidades participantes do programa utilizem o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC). A ferramenta digital armazena todo o histórico médico do paciente, facilitando o acompanhamento contínuo, mesmo em caso de troca de profissional.

Os principais benefícios do sistema incluem:

Histórico sempre acessível: O médico novo ou substituto terá acesso ao histórico completo do paciente, garantindo continuidade ao tratamento.

Diagnósticos mais rápidos e seguros: O sistema reúne exames, medicações e alergias, agilizando o atendimento e prevenindo erros.

Melhor gestão da saúde pública: Com dados em tempo real, gestores municipais poderão planejar ações e identificar surtos ou carências rapidamente.

Integração entre serviços: O prontuário conecta unidades básicas a hospitais e centros especializados, facilitando encaminhamentos e retornos.

Médicos formados no exterior reforçam atendimento

O Ministério da Saúde recepcionou, nesta segunda-feira (17), 402 médicos formados no exterior que se inscreveram no programa Mais Médicos. Eles começarão a atuar a partir de abril em 22 estados, com foco em regiões de maior vulnerabilidade.

Segundo a pasta, cerca de 180 municípios e 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) receberão esses profissionais. A maioria (397) são brasileiros formados fora do país, enquanto cinco são estrangeiros.

Outro dado de destaque é a participação feminina: 52,7% dos médicos são mulheres. Além disso, 57 profissionais atuarão diretamente na assistência à saúde indígena, reforçando o cuidado nas aldeias e comunidades isoladas.

Antes de iniciar o atendimento, os médicos participam do Módulo de Acolhimento e Avaliação, realizado em parceria com o Ministério da Educação (MEC). O treinamento, que segue até o dia 11 de abril, aborda temas essenciais para a atuação no SUS e o cuidado de populações vulneráveis.

Entre os tópicos abordados estão:

  • Equidade étnico-racial, com foco na redução das desigualdades no acesso à saúde;
  • Saúde mental, considerando o aumento da demanda por suporte psicológico pós-pandemia;
  • Programa Bolsa Família, destacando a integração da saúde com o acompanhamento social das famílias beneficiadas.

Ao final do curso, os médicos passam por uma avaliação obrigatória. Para serem aprovados e habilitados ao atendimento, é necessário atingir média mínima de 50%.


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