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Alistamento militar feminino voluntário atinge 7 mil inscrições nos primeiros dias

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Alistamento militar feminino voluntário atinge 7 mil inscrições nos primeiros dias
Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR/Agência Senado

O Ministério da Defesa anunciou que o primeiro alistamento militar feminino voluntário da história do Brasil já registrou aproximadamente 7 mil inscrições desde sua abertura na quarta-feira (1º) até o meio-dia desta sexta-feira (3). As candidatas concorrem a 1.465 vagas distribuídas em Brasília e em outros 28 municípios de 13 estados brasileiros, além do Distrito Federal.

 

A iniciativa histórica, estabelecida pelo decreto 12.154 assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto de 2024, permanecerá com inscrições abertas até 30 de junho, coincidindo com o período do alistamento masculino obrigatório. O programa é direcionado exclusivamente para mulheres nascidas em 2007, que completarão 18 anos em 2025.

 

Em comunicado oficial, o Ministério da Defesa revelou seus planos de expansão progressiva da participação feminina, visando atingir 20% das vagas disponíveis. A distribuição prevista é de 1.100 vagas no Exército Brasileiro, 300 na Aeronáutica e 155 na Marinha.

 

Para participar do processo, além do requisito etário, as candidatas devem residir em um dos municípios que possuem organização militar. As inscrições podem ser realizadas tanto online quanto presencialmente nas juntas de serviço militar das cidades participantes, que incluem capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belém e Porto Alegre, além de diversos outros municípios estratégicos.

 

O processo seletivo será rigoroso e abrangente, contemplando múltiplas etapas: entrevista, inspeção de saúde com exames clínicos e laboratoriais, e testes físicos. As Forças Armadas avaliarão as candidaturas considerando a disponibilidade de vagas, aptidão individual e requisitos específicos para incorporação.

 

As selecionadas iniciarão suas atividades no primeiro semestre de 2026 (entre 2 e 6 de março) ou no segundo semestre (de 3 a 7 de agosto), ocupando posições iniciais como soldado no Exército e Aeronáutica, ou marinheiro-recruta na Marinha. Uma vez incorporadas, as militares terão os mesmos direitos e deveres dos homens, ficando sujeitas às mesmas normativas e penalidades previstas na legislação brasileira.

 

O serviço militar inicial terá duração de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até oito anos, conforme estabelecido no Decreto 12.154. Após o período de serviço ativo, as voluntárias passarão a integrar a reserva não remunerada das Forças Armadas, sem garantia de estabilidade.

 

Atualmente, as Forças Armadas já contam com aproximadamente 37 mil mulheres em seu efetivo, representando cerca de 10% do contingente militar brasileiro. Segundo informações do Ministério da Defesa, a presença feminina é mais significativa nas áreas de saúde, ensino e logística, com acesso à área combatente através de concursos públicos específicos em instituições de ensino militar como o Colégio Naval, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar.


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