O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta segunda-feira (2) um financiamento de R$ 200 milhões para a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, destinado ao desenvolvimento do protótipo de um carro voador 100% elétrico, conhecido como eVTOL (sigla em inglês para aeronave de decolagem e pouso vertical).

O investimento faz parte do Fundo Clima e visa apoiar o desenvolvimento de uma tecnologia considerada verde, que não utiliza combustíveis fósseis e pode contribuir significativamente para a redução de emissões de gases do efeito estufa.

Com os recursos, a Eve poderá desenvolver o protótipo e iniciar uma campanha de testes para a certificação da aeronave, com vistas à futura produção comercial. O projeto conta ainda com um investimento adicional de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 300 milhões) do banco americano Citibank.

Em outubro, o BNDES já havia aprovado R$ 500 milhões para a construção da primeira fábrica da Eve em Taubaté, no interior de São Paulo. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) publicou recentemente os critérios finais de aeronavegabilidade para o eVTOL, estabelecendo padrões rigorosos de segurança para a aeronave.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância estratégica do projeto. "Estamos investindo em uma indústria de tecnologia disruptiva e verde, contribuindo para o fortalecimento da indústria nacional no mercado mundial e para a transição energética", afirmou.

Johann Bordais, presidente executivo da Eve, ressaltou que o apoio contínuo do BNDES é fundamental para o avanço do programa de eVTOL, permitindo a transição do desenvolvimento do protótipo para a certificação e produção.

O projeto não apenas representa um avanço tecnológico, mas também se alinha com os objetivos de descarbonização, promovendo investimentos em desenvolvimento tecnológico voltado à redução de emissões de gases de efeito estufa.

A Eve, que já está listada na Bolsa de Valores de Nova York, segue avançando em seu projeto de mobilidade aérea urbana, com perspectivas promissoras para o futuro da aviação elétrica no Brasil.