Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu após acionar artefatos explosivos na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira (13), em Brasília. Ele também era o proprietário do carro que explodiu a cerca de 300 metros da Esplanada dos Ministérios.

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Natural de Rio do Sul, em Santa Catarina, Wanderley, conhecido como "Tiu França", era filiado ao Partido Liberal (PL) e já havia se candidatado a vereador em 2020, mas não se elegeu, obtendo apenas 98 votos. Ele não possuía antecedentes criminais e se declarava como empreendedor, investidor e desenvolvedor em seu perfil no Facebook.

Segundo o filho de Wanderley, ele estava abalado com problemas pessoais com a mãe e havia viajado há meses, dizendo que sua intenção era ir para o Chile.

Nas redes sociais, Wanderley fez postagens com referências a bombas e explosões, dizendo que a Polícia Federal teria 72 horas para "desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda". Ele também mencionou a "revolução" e o dia 15 de novembro, da Proclamação da República, além de fazer elogios ao ex-presidente Donald Trump.

No dia 24 de agosto, Wanderley visitou o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Câmara dos Deputados, onde esteve no gabinete do deputado federal Jorge Goetten (Republicanos). O parlamentar afirmou que conhecia Wanderley e que ele parecia emocionalmente abalado em suas últimas visitas.

"Lamento também como parlamentar, pelo fato de a Câmara dos Deputados estar envolvida nesse episódio que não merece. E nosso gabinete talvez tenha uma parcela de culpa nisso, mas é impossível impedir essas loucuras que acontecem com ser humano com saúde mental abalada. Jamais imaginaria que ele poderia causar isso para ele e para a sociedade", disse Goetten.