Golpe da falsa central cresce no Brasil: veja como funciona e como se proteger

Especialistas lembram que a responsabilidade pela proteção das informações não pode ser transferida ao consumidor. Cabe aos bancos manter sistemas seguros e evitar vazamentos. Quando os criminosos têm acesso a dados reais e atualizados, há indício de falha estrutural — e não de “descuidado” por parte do cliente, que muitas vezes age sob ameaça verbal e pressão psicológica.

Para prevenir prejuízos, recomenda-se não fornecer códigos recebidos por SMS, não realizar transferências a pedido de pessoas que ligam por telefone e não seguir instruções passadas durante ligações inesperadas. A orientação é encerrar o contato e procurar a instituição financeira por meio dos canais oficiais disponíveis no aplicativo ou no site.

Se o golpe já ocorreu, é importante agir rapidamente: comunicar o banco e solicitar o bloqueio das transações, registrar boletim de ocorrência, anotar o protocolo do atendimento e formalizar queixa no Banco Central e no Procon estadual.

Em Mato Grosso, decisões judiciais recentes têm responsabilizado instituições financeiras quando comprovada falha na proteção de dados, falta de suporte adequado ou ausência de mecanismos de segurança eficazes. As indenizações fixadas costumam variar entre R$ 3 mil e R$ 12 mil, dependendo do comportamento do banco após a fraude.