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Jovem de 18 Anos Morre em Cuiabá Após Ser Queimada Pelo Ex-Namorado em Caso de Feminicídio

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Jovem de 18 Anos Morre em Cuiabá Após Ser Queimada Pelo Ex-Namorado em Caso de Feminicídio
Imagem: Divulgação / Reprodução

Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, faleceu na manhã desta quarta-feira (25) no Hospital Municipal de Cuiabá, após 15 dias internada com queimaduras de segundo e terceiro graus em 90% do corpo. A jovem foi transferida para a capital após o crime ocorrido em Paranatinga, a 384 km de Cuiabá, no dia 9 de setembro. O corpo da vítima será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de necropsia. Ainda não há informações sobre o velório.

 

Juliana acordou do coma no último final de semana e conseguiu relatar o ocorrido à mãe. Entretanto, seu quadro clínico piorou, ela foi intubada novamente e não resistiu aos ferimentos.

 

Crime de Feminicídio

As investigações apontam que o crime foi cometido pelo ex-namorado da vítima, de 20 anos, que não aceitava o fim do relacionamento de três anos. Ele teve o mandado de prisão preventiva cumprido no dia 16, enquanto estava internado em um hospital de Cuiabá com queimaduras em 50% do corpo, que sofreu durante o ataque.

 

Segundo a polícia, o suspeito comprou R$ 13 de combustível e atraiu Juliana até sua residência, onde jogou álcool sobre ela e ateou fogo. Durante a ação, o líquido inflamável também atingiu o agressor, provocando queimaduras nele. O caso foi inicialmente tratado como uma possível tentativa de suicídio, mas a versão apresentada pelos familiares do suspeito foi considerada improvável pelas autoridades, devido à gravidade das lesões na vítima e às informações obtidas posteriormente.

 

Em depoimento antes de falecer, Juliana relatou que seu ex-namorado jogou álcool sobre ela e, em seguida, ateou fogo. A mãe da jovem também informou que, no dia do crime, a filha havia mencionado temer pela própria vida e chegou a afirmar que, se algo acontecesse com ela, o ex-companheiro seria o responsável.

 

Prisão do Suspeito

O delegado responsável pelo caso, Gabriel Conrado Souza, solicitou o mandado de prisão preventiva pelo crime de tentativa de feminicídio, que foi prontamente autorizado pelo Judiciário. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito não demonstrou arrependimento ao ser informado da prisão.


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