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Rio Paraguai atinge nível mais baixo da história e gera alerta para navegação e meio ambiente

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Rio Paraguai atinge nível mais baixo da história e gera alerta para navegação e meio ambiente
Imagem: Toninho Ruiz

O Rio Paraguai, um dos mais importantes da América do Sul, registrou seu nível mais baixo desde o início das medições, em 1900. O rio atingiu a marca de 62 centímetros abaixo da cota de referência no posto de Ladário, em Corumbá (MS), superando o recorde anterior de 1964, quando o nível havia caído 61 centímetros abaixo da cota.

 

Segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), a situação já era esperada devido ao longo período de seca na região, com chuvas abaixo da média desde outubro de 2023. De acordo com as previsões do órgão, a recuperação do nível da Bacia do Rio Paraguai será lenta, com expectativa de que o nível continue abaixo da cota até a segunda quinzena de novembro.

 

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) já havia emitido um alerta na última quarta-feira (9), confirmando a gravidade da situação, que afeta diretamente a navegação, o turismo, a pesca e o abastecimento das comunidades ribeirinhas. Especialistas associam essa drástica queda do nível à variabilidade climática e à escassez de chuvas, com impactos no Pantanal, um dos biomas mais importantes e frágeis do planeta.

 

Além dos danos ao meio ambiente, a baixa do rio também representa um risco à navegação. A Marinha emitiu alertas pedindo atenção redobrada aos navegantes devido ao surgimento de bancos de areia e rochas que dificultam o tráfego de embarcações. A região, que é uma importante hidrovia para transporte de cargas agrícolas e minerais, enfrenta complicações operacionais com o nível crítico das águas.

 

De acordo com o SGB, nas últimas semanas foram registrados apenas 3 mm de chuva na Bacia do Rio Paraguai, muito abaixo do necessário para uma recuperação significativa. A seca prolongada já havia causado um déficit acumulado de 395 mm de chuva durante a estação chuvosa iniciada em outubro, e as projeções indicam que a recuperação será lenta nos próximos meses.

 

O cenário de seca e as restrições de navegação trazem preocupações econômicas, ambientais e sociais para a região, que abrange o Pantanal e parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

 


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