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Animais sofrem com a pior seca em 44 anos no Mato Grosso e enfrentam a “fome cinzenta”

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Animais sofrem com a pior seca em 44 anos no Mato Grosso e enfrentam a “fome cinzenta”
Imagem: Paul Raad

A pior seca em 44 anos está castigando o Mato Grosso, com impactos devastadores tanto no meio ambiente quanto na fauna local. No Pantanal, o fenômeno da “fome cinzenta” tem levado animais a situações extremas em busca de comida e água. Além dos incêndios e da fumaça que afetam a saúde da população, os animais, que enfrentam a escassez de recursos, lutam pela sobrevivência, arriscando-se em ambientes hostis e desequilibrados.

 

Serpentes, muitas vezes invisíveis e fundamentais para o equilíbrio do ecossistema, estão entre as mais afetadas. Grupos de resgate, como o Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad), têm encontrado dezenas de animais mortos. Em uma recente operação de busca ativa, mais de 50 serpentes foram encontradas sem vida em um trecho de apenas 800 metros no Pantanal.

 

O veterinário Paul Raad, que coordena o projeto de coexistência entre humanos e fauna na ONG Ampara Silvestre, acompanha de perto os desafios enfrentados pelos animais. Em uma de suas publicações, Paul compartilhou o vídeo de uma sucuri de seis metros cruzando uma rodovia pantaneira em busca de água, expondo-se ao risco de atropelamento. Ele monitorou a travessia para garantir a segurança do animal.

 

“Embora pareça incrível, muitos ajudam de um lado e, sem perceber, prejudicam de outro. Esta sucuri de 6 metros, desesperada pela falta de água, cruzava a estrada em busca de um lugar seguro. Seu tamanho e lentidão a tornam vulnerável a atropelamentos. Se você vir animais assim, ajude-os a atravessar com cuidado. Cada gesto conta para protegê-los neste ambiente que transformamos”, alertou Paul em sua publicação.

 

 

A situação no Pantanal continua crítica e requer medidas urgentes para proteger o bioma e os animais que dependem dele para sobreviver.


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