O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), voltou a se manifestar contra a criação da taxa do lixo, implementada em 2023 durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Abílio reafirmou que a cobrança para toda a população não era necessária e que a arrecadação proveniente dos grandes geradores de resíduos já era suficiente para cobrir os custos da coleta de lixo na capital.

Em suas declarações, o prefeito destacou que o projeto aprovado na Câmara de Vereadores, que revoga a referida taxa, tem como objetivo restabelecer a situação anterior, quando apenas os grandes geradores de resíduos eram responsáveis pela cobrança pela coleta. “A revogação da taxa simplesmente retorna ao modelo anterior. Não há nada de novo nisso. Antes, somente as grandes empresas pagavam pela coleta e a população contribuía por meio do IPTU. Não havia necessidade de criar uma lei que penalizasse todo cidadão”, afirmou Abílio.

Apesar da perda de arrecadação estimada em R$ 26 milhões anuais com a extinção da taxa, o prefeito garantiu que a revogação não afetará os repasses para a coleta de lixo. Ele ressaltou que os recursos provenientes da cobrança sobre os grandes geradores de resíduos, que somam cerca de R$ 20 milhões por ano, são suficientes para manter os serviços.

“A arrecadação que existia antes já cobria os custos da coleta. A Lei de Responsabilidade Fiscal exige a indicação clara das fontes de recursos, e isso sempre foi feito com os grandes geradores de resíduos. Portanto, não há necessidade de criar uma nova fonte de receita ou reajustar taxas para a população”, explicou o prefeito.

A taxa do lixo, que variava de R$ 11 a R$ 22 mensais para os cidadãos, continuará sendo cobrada até o final do decreto de calamidade financeira, previsto para julho deste ano. A extinção do tributo foi uma das principais promessas de campanha de Abílio Brunini, que assumiu o cargo em janeiro de 2025.