Justiça retoma processo que pede cassação do prefeito de Sinop

Entre as irregularidades apontadas pela coligação está o uso de um prédio alugado pela Prefeitura de Sinop para atividades de campanha, caracterizando possível desvio de recursos públicos. O espaço pertencia à empresa Telebyte Telecomunicações, que mantinha contrato com a prefeitura no valor de R$ 707 mil para serviços de instalação e manutenção de rede telefônica. Segundo os autos, áudios de WhatsApp registrados no local indicariam a existência de uma estrutura interna funcionando como escritório de contabilidade e recursos humanos, com orientações para manter sigilo sobre suas atividades.

A denúncia também aponta a omissão de 21 imóveis na declaração de bens do prefeito à Justiça Eleitoral, o que mais que duplicaria seu patrimônio informado, configurando possível falsidade ideológica e caixa 2. Além disso, há acusações sobre o uso irregular de servidores públicos na campanha, incluindo duas advogadas: uma nomeada com salário superior a R$ 15 mil, e outra vinculada à autarquia municipal PreviSinop, que teriam atuado na campanha durante o expediente.

A coligação solicita, além da cassação do diploma de Roberto Dorner, sua inelegibilidade e a aplicação de multa por práticas que teriam comprometido a lisura do processo eleitoral. O processo segue agora para a fase de alegações finais antes da decisão judicial.