A exoneração de 41 servidores do gabinete do deputado estadual Cláudio Ferreira (PL), prefeito eleito de Rondonópolis, publicada nesta sexta-feira (13) no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), gerou questionamentos sobre a real intenção do movimento. As exonerações, com validade a partir de 31 de dezembro, incluem cargos estratégicos, como o chefe de gabinete Mykaell Vitorino, o que pode enfraquecer a atuação parlamentar no período final do mandato.
A movimentação de Ferreira para desmontar sua estrutura administrativa antes mesmo de oficializar sua renúncia ao cargo de deputado estadual foi criticada por analistas e opositores. Apesar de apontada como parte da transição para a Prefeitura de Rondonópolis, a medida levanta dúvidas sobre a real eficiência no uso de recursos públicos até o término do mandato legislativo.
Boa parte dos exonerados deve compor a administração municipal, o que sinaliza um reaproveitamento de cargos já alinhados politicamente com Ferreira. Para críticos, isso pode limitar a entrada de novos nomes e ideias, reforçando um ciclo fechado de poder e comprometendo a pluralidade na gestão de Rondonópolis.
A exoneração em massa também impacta diretamente a Assembleia Legislativa, deixando lacunas em um gabinete que, até o fim do ano, ainda deveria estar plenamente funcional. Além disso, a movimentação beneficia Chico Guarnieri (PL), suplente de Ferreira, que poderá assumir em 2025 com liberdade para montar sua equipe. A substituição gera rumores sobre interesses políticos internos no partido, especialmente em um cenário de reorganização após a fusão do PL com outras siglas.
Cláudio Ferreira, que assume a Prefeitura de Rondonópolis em janeiro, enfrentará o desafio de justificar as escolhas feitas neste momento de transição. A concentração de cargos e a exoneração em massa de servidores reforçam críticas sobre uma gestão voltada mais para articulações políticas do que para atender às necessidades reais da população.