General apontado como informante de Alexandre de Moraes foi cotado para comando do Exército

Trajetória e Reconhecimento

Antes de passar para a reserva em abril de 2023, Stumpf ocupou cargos importantes, como chefe do Estado-Maior do Exército e comandante do Comando Militar do Sul. No início de 2023, ele estava entre os três generais mais antigos da ativa e foi considerado um dos favoritos para assumir o comando do Exército.

Em maio de 2022, o militar foi agraciado com a Ordem do Mérito do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em reconhecimento aos serviços prestados e ao impacto em sua atuação.

Investigação e Contexto

As mensagens interceptadas revelam conversas entre militares que criticam duramente Stumpf, chamando-o de "informante" e "amigo de FHC". Um dos interlocutores chega a mencionar que o general estaria "negociando cargos no governo para parentes".

A investigação da Polícia Federal indica que militares contrários a uma possível ruptura institucional, como Stumpf, foram alvos de ataques nas redes sociais. Um relatório policial sugere que as mensagens confirmam a existência de um "Decreto de Golpe de Estado" elaborado durante o governo Bolsonaro.

Posicionamento Crucial

Um movimento crucial de Stumpf ocorreu quando, logo após as eleições, ele e outros generais se posicionaram a favor da posse de Lula. O general Tomás Ribeiro Paiva, por exemplo, fez um discurso em 18 de janeiro de 2023 conclamando o Exército a respeitar o resultado eleitoral, sendo posteriormente nomeado comandante da Força.

A reportagem destaca que Stumpf, apesar de não ter assumido o comando do Exército, foi fundamental no processo de transição e manutenção da estabilidade institucional no período pós-eleitoral de 2022.