Brasil retoma presidência do Brics em 2025 e pauta reforma da governança global

Durante a reunião, os chefes de Estado discutirão temas como a entrada de "países parceiros", a crise no Oriente Médio e a cooperação política e financeira entre os membros. A presidência brasileira do Brics, com o lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", deverá priorizar a reforma das instituições de governança global, a promoção do multilateralismo, o combate à fome e à pobreza, a redução da desigualdade e a promoção do desenvolvimento sustentável.

Pelas regras de rotatividade, o Brasil deveria ter assumido a presidência em 2024, mas adiou para o próximo ano devido à sua liderança no G20. A Rússia, então, assumiu a presidência do Brics em 2024.

O Itamaraty anunciou que a criação da categoria de países "parceiros" do Brics será um dos principais tópicos a serem discutidos na cúpula deste ano. Atualmente, o bloco é composto apenas por países efetivos, mas a diplomacia brasileira indicou que cerca de 30 países estão se candidatando à nova categoria, incluindo Cuba, Venezuela, Nicarágua, Argélia, Nigéria e Turquia.

O secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia, destacou que, em um primeiro momento, os países do Brics definirão os critérios para a inclusão de um país como "parceiro" antes de identificar quais nações se enquadram nesses critérios.