Vereador de Várzea Grande é solto, mas usará tornozeleira eletrônica após prisão

Segundo o despacho do magistrado, a prisão preventiva do vereador foi substituída por medidas cautelares, incluindo o monitoramento eletrônico e a proibição de acessar órgãos públicos vinculados à administração de Várzea Grande.

Esquema criminoso

De acordo com as investigações da Polícia Civil, Pablo Pereira é apontado como um dos líderes do esquema criminoso, utilizando sua influência política para favorecer o grupo, especialmente na Diretoria Comercial do DAE. Servidores da autarquia teriam manipulado valores de faturas de água e excluído débitos de consumidores em troca de propina.

As apurações também indicam que o vereador teria utilizado a estrutura do DAE para impulsionar sua campanha de reeleição, envolvendo servidores em atividades ilícitas para captar recursos.

A Justiça determinou o envio de uma cópia da investigação ao Ministério Público Eleitoral para que sejam adotadas as medidas cabíveis.

Operação Gota D’Água

A Operação Gota D’Água, conduzida pela Deccor, resultou em 11 prisões preventivas, 18 afastamentos de servidores de suas funções e 25 mandados de busca e apreensão em endereços de 22 investigados. O grupo criminoso atuava no DAE-VG, onde servidores cobravam valores indevidos por serviços que deveriam ser gratuitos, além de manipular faturas de água para benefício próprio.

As investigações apontam que o esquema vem operando desde 2019, com a participação de diversos servidores da autarquia, que extorquiam consumidores aproveitando-se da prestação de serviços de saneamento.